O Chile assistiu a um crescimento econômico incrível, terminando no ano passado como a melhor economia do mundo. Eles realizaram recentemente uma eleição, e nós exploramos os impactos potenciais dessa eleição nos mercados de capitais.
Gabriel Boric – um ex-ativista social de 35 anos, e agora presidente de um dos países mais ricos da América do Sul, venceu as eleições com uma campanha baseada em promessas de reformas extremas.
O que isso significa para o rápido crescimento do setor fintech chileno? Há muito para ser explicado aqui, começando com a história.
Fintech Vs Bancos: O Estado dos Mercados Capitais Chilenos
No ano passado, o Banco del Estado, ou BancoEstado, levou para público a conversa sobre a reforma da regulamentação financeira. Eles empregaram tecnologia anti-bot e bloquearam os usuários da startup fintech Khipu de utilizar seus serviços. Quando a Khipu levou o BancoEstado para tribunal, a questão de uma estrutura regulatória da fintech foi exposta e iniciou a discussão da Lei Fintech (atualmente na Câmara dos Deputados), que está agora no centro das atenções.
O setor fintech chileno tem visto um enorme crescimento, e o país parece estar se movendo em direção ao open banking – abrindo mesmo uma bolsa de open banking (OBE). Isto contribuiu para a prosperidade econômica do Chile, e tudo parece estar caminhando na direção certa.
Uma Grande Mudança Quando o Presidente foi Eleito
O Chile pode ser o país mais rico da América do Sul, mas continua enfrentando injustiças. Muitos viram o crescimento e o aumento da riqueza como um aprofundamento das desigualdades, e organizaram manifestações para protestar contra o que pensavam ser uma distribuição injusta da riqueza. Com esse tipo de retórica ganhando popularidade junto da economia chilena, eles votaram em um partido de esquerda.
Alguns avaliaram essa situação. Em um segmento recente do What’s Ahead, Steve Forbes apresenta um resumo do porquê de essa ser uma má notícia para o Chile, para a América do Sul e para todos nós.
Gabriel foi eleito com promessas de aumentar os impostos e eliminar a dívida dos estudantes. Parecia que toda essa promissora reforma regulatória para os mercados de capitais poderia estar em perigo, embora eventos recentes sugiram não.
O Futuro da Fintech e dos Mercados de Capitais
No dia 21 de janeiro de 2022, Boric apresentou seu primeiro gabinete e, para surpresa de muitas pessoas, um Ministro das Finanças centrista foi decidido. Mario Marcel, ex-chefe do banco central, e sua nomeação para o cargo fez com que muitas pessoas nos mercados de capitais e setores da fintech respirassem de alívio.
Na verdade, apesar de sua história de ativismo e sua campanha construída sobre reformas, o presidente Boric, de 35 anos, nomeou um gabinete centrista sobre os gabinetes de economia e finanças. Parece que o recente sucesso da lei Fintech e da economia chilena é claro.
Ao desvelar seu gabinete, o Presidente Boric prometeu estimular o crescimento econômico e reestruturar a distribuição da riqueza. Assim, enquanto os mercados sentem algum alívio, os agentes dos mercados chilenos ainda terão que enfrentar as políticas com pontos de vista de esquerda.
Conclusão
Junto com o anúncio da Ministra das Finanças vieram outros ministros centristas como Marcela Hernando, a nova Ministra de Minas. Esses anúncios dizem que é provável que Boric implemente reformas graduais e não de repente como tantos temiam. Com o sucesso da reforma regulatória bancária e do open banking no Brasil e o progresso feito no próprio país, ainda há esperança de crescimento no mercado de capitais. Só o tempo e o resultado da nova Constituição que está sendo escrita dirá.